São Domingos Sávio é um dos santos mais jovens da Igreja Católica, tendo falecido aos 14 anos, mas deixando um testemunho de santidade que continua a inspirar jovens em todo o mundo. Discípulo de São João Bosco, destacou-se pelo amor à Eucaristia, devoção à Virgem Maria e desejo ardente de santidade. A sua curta vida foi um exemplo de pureza, alegria e entrega total a Deus, mostrando que a santidade não depende da idade, mas da intensidade com que se ama a Deus.
Infância e chamamento à santidade
Domingos Sávio nasceu a 2 de abril de 1842, na aldeia de San Giovanni di Riva, perto de Turim, Itália. Desde muito novo, demonstrou um grande amor por Deus e um forte desejo de viver como santo. Com apenas 5 anos, já sabia de cor as orações e insistia para ir à missa, mesmo que tivesse de caminhar vários quilómetros até à igreja.
Aos 7 anos, recebeu a Primeira Comunhão, um momento que marcou profundamente a sua vida. Nessa ocasião, escreveu quatro resoluções que resumiam o seu ideal de vida:
- Confessar-me frequentemente e comungar sempre que o confessor permitisse.
- Santificar os dias santos.
- Ser sempre amigo de Jesus e Maria.
- Antes morrer do que pecar.
Desde pequeno, Domingos já vivia com um coração puro e um amor intenso por Deus.
O encontro com São João Bosco
A grande viragem na vida de Domingos aconteceu aos 12 anos, quando conheceu São João Bosco, fundador da Sociedade Salesiana. O santo educador ficou impressionado com a inteligência, bondade e espírito de oração do rapaz e aceitou-o no Oratório de Turim, um internato para jovens.
No Oratório, Domingos destacou-se pela vida de oração, pela alegria constante e pelo desejo de ajudar os colegas a aproximarem-se de Deus. Incentivava os seus amigos a praticarem boas ações e dizia frequentemente: “Nós fazemos consistir a santidade em estar sempre alegres!“
Mas o seu objetivo era mais alto: queria ser santo. Um dia, João Bosco explicou aos jovens que todos podiam alcançar a santidade, bastando serem alegres, rezarem e cumprirem bem os seus deveres. Domingos tomou esta mensagem como um compromisso pessoal e começou a viver com ainda mais intensidade o seu amor por Deus.
O amor pela Eucaristia e pela Virgem Maria
Domingos tinha uma devoção extraordinária à Eucaristia, passando longos momentos diante do Santíssimo Sacramento. O seu grande desejo era levar os seus amigos a amar Jesus com a mesma intensidade.
Também era profundamente devoto da Virgem Maria. Inspirado pela mensagem de Nossa Senhora em Lourdes, Domingos Sávio promoveu no Oratório a devoção à Imaculada Conceição e organizou um grupo de jovens para viverem uma vida mais santa, chamado “Companhia da Imaculada”.
Certo dia, disse a São João Bosco que tinha tido uma visão em que via uma belíssima luz e uma multidão de jovens rodeando a Virgem Maria no céu. Comovido, pediu a Dom Bosco que o ajudasse a preparar-se para o dia em que iria estar junto dela.
A morte precoce e a glória da santidade
No inverno de 1856, Domingos começou a adoecer. O seu corpo, frágil e debilitado, não resistiu à tuberculose. São João Bosco enviou-o de volta para a casa dos seus pais, onde passou os seus últimos dias.
No leito de morte, a 9 de março de 1857, com apenas 14 anos, Domingos teve uma visão do céu e exclamou sorrindo: “Que coisa tão bela eu vejo!“
Pouco depois, entregou a sua alma a Deus. A sua morte foi recebida com grande tristeza pelos seus amigos, mas ao mesmo tempo com a certeza de que ele já estava junto de Jesus e Maria.
Canonização e legado
O testemunho de Domingos Sávio espalhou-se rapidamente, e muitos começaram a pedir a sua canonização. O Papa Pio XI, ao receber a biografia escrita por São João Bosco, disse: “Este pequeno, mas grande gigante da fé, merece estar entre os santos.“
Foi beatificado em 1950 pelo Papa Pio XII e canonizado em 1954, tornando-se o padroeiro das crianças, dos jovens e dos coroinhas.
Lições de São Domingos Sávio
A vida de São Domingos Sávio ensina-nos que:
- A santidade é possível em qualquer idade, mesmo na infância e adolescência.
- A alegria e a fé caminham juntas, e ser santo não significa ser triste, mas viver na presença de Deus com entusiasmo.
- A Eucaristia e Nossa Senhora são chaves para uma vida santa, pois Domingos encontrava neles a força para ser puro e fiel.
- Antes morrer do que pecar – o seu compromisso com Deus era total e inegociável.
Conclusão
São Domingos Sávio é um exemplo luminoso de pureza, alegria e amor a Deus. A sua vida breve, mas intensa, continua a inspirar milhares de jovens a buscar a santidade no dia a dia.
Que ele interceda por todos os jovens, ajudando-os a manterem-se fiéis a Deus e a viverem com a mesma alegria e entusiasmo que ele demonstrou.
