A Igreja recorda hoje São Paulo da Cruz, fundador dos Passionistas e apóstolo da Paixão

São Paulo da Cruz, nascido como Paulo Danei a 3 de janeiro de 1694, na cidade de Ovada, no Reino da Sardenha (atual Itália), é conhecido como o fundador da Congregação da Paixão de Jesus Cristo, uma ordem religiosa dedicada à pregação e à contemplação do sofrimento de Cristo. A sua festa é celebrada no dia 19 de outubro.

Formação e Chamamento Espiritual

Desde jovem, Paulo demonstrou uma forte inclinação religiosa, tendo recebido uma educação cristã. Em 1715, após a morte da mãe, Paulo sentiu-se chamado a uma vida de maior compromisso espiritual. Ele retirou-se para uma vida de oração e meditação numa gruta em Varazze, onde teve experiências místicas que o levaram a entender a sua missão de servir a Deus através do sofrimento e da paixão de Cristo.

Em 1720, Paulo decidiu fundar uma nova ordem religiosa, dedicada à meditação sobre a Paixão de Cristo e à promoção da devoção à sua dor. Ele começou a reunir seguidores e, em 1741, estabeleceu oficialmente a Congregação da Paixão. O objetivo da ordem era formar pregadores que transmitissem a mensagem do amor e do sacrifício de Jesus, especialmente num contexto onde as pessoas frequentemente eram indiferentes à sua fé.

Vida e Atividades Ministeriais

Como líder da Congregação, Paulo da Cruz dedicou-se à formação espiritual dos membros e à realização de retiros e pregações. Ele via a Paixão de Cristo como o centro da fé cristã e encorajava os seguidores a viverem em união com os sofrimentos de Jesus. A abordagem à espiritualidade era profundamente contemplativa, e ele acreditava que, ao refletir sobre a paixão, os fiéis poderiam experimentar um crescimento na fé e no amor por Deus.

Paulo também preocupou-se com a evangelização, especialmente nas áreas rurais da Itália, onde o conhecimento da fé cristã era limitado. Ele e os seus seguidores percorreram as regiões, pregando e promovendo a devoção à Paixão, sempre destacando a importância do amor e da misericórdia de Deus.

Legado e Canonização

Após a morte a 18 de outubro de 1775, a Congregação da Paixão cresceu e espalhou-se por vários países, incluindo a Itália, França, Espanha, e mais tarde, em outros continentes. A ordem é conhecida pelo compromisso com os pobres e necessitados, realizando trabalho missionário e social.

Em 1853, Paulo da Cruz foi beatificado pelo Papa Pio IX e a canonização ocorreu em 1867, também sob o pontificado de Pio IX. A sua vida e obra são celebradas como exemplos de fé e dedicação ao serviço de Deus e do próximo.

Espiritualidade e Escritos

São Paulo da Cruz deixou um legado de escritos espirituais, incluindo cartas e meditações que refletem a profunda vida de oração e contemplação. Ele enfatizava a importância do sofrimento redentor e da entrega total a Deus. A sua espiritualidade é marcada pela prática da oração contemplativa e pela meditação sobre os sacramentos. Os seus ensinamentos continuam a inspirar muitos católicos a aprofundarem sua relação com Cristo e a compreenderem melhor o significado da sua Paixão.

Conclusão

São Paulo da Cruz é uma figura importante na história da Igreja Católica, cujo testemunho de fé e dedicação à Paixão de Cristo teve um impacto duradouro. Através da Congregação e dos escritos, ele continua a inspirar gerações de fiéis a viverem uma vida de amor, compaixão e serviço. A sua festa é uma oportunidade para refletir sobre a importância do sofrimento redentor e da entrega a Deus em nossa vida quotidiana.

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