Santa Rita de Cássia, a padroeira das causas impossíveis

Santa Rita de Cássia, nascida Margherita Lotti em Roccaporena no ano 1381, morreu em Cássia a 22 de Maio de 1457). Foi uma freira agostiniana da diocese de Espoleto, Itália. Foi beatificada em 1627 e canonizada em 1900 pela Igreja Católica.

História

Rita casou-se com Paolo di Ferdinando Mancini, jovem de carácter compulsivo e sem temor a Deus, acabando por ter uma vida conjugal difícil devido aos hábitos da nova família e ao carácter violento do marido. Com o seu empenho e orações, conseguiu convertê-lo. A esta felicidade juntou-se a educação que dava aos seus dois filhos, segundo os seus valores cristãos. No entanto, esta felicidade foi brutalmente interrompida, com o assassínio do seu esposo, concentrando os seus esforços na educação dos menores e no desejo de afastar o sentimento de vingança que crescia neles. Mas os seus filhos acabaram por ficar doentes, tendo morrido pouco depois, deixando Rita completamente sozinha.

Viúva e sem os filhos, manifesta a vontade de ingressar no mosteiro das irmãs Agostinianas, que só aceitavam jovens solteiras. Ficou muito tempo refugiada na casa dos sogros. Ainda assim, começou a cuidar de doentes de lepra e a curar enfermos.

Então, numa noite, Santa Rita dormia, quando ouviu uma voz chamando “Rita, Rita”. Ela abriu a porta e estavam ali, Santo Agostinho, São Nicolau e São João Baptista. Eles pediram que ela os seguisse e depois de andarem pelas ruas, os santos desapareceram e Rita sentiu um suave empurrão. Ela caiu em êxtase e, quando voltou a si, estava dentro do mosteiro, estando este com as portas trancadas. A madre percebeu que era um milagre e Rita foi aceite no convento, onde viveu por quarenta anos.

Vida no Convento

A primeira coisa que Rita fez, ao ser admitida no convento, foi repartir entre os pobres o que restava dos seus bens. A obediência era a regra de ouro do convento. As noviças eram postas à prova nesta virtude através, tantas vezes, de ordens aparentemente absurdas. Segundo a tradição, a superiora do convento ordenou a Rita que regasse de manhã e à tarde um tronco de videira ressequido e já destinado ao fogo. Rita não ofereceu dificuldade alguma, e com admirável simplicidade, cumpria essa tarefa diária. Após muito tempo, as irmãs se assombraram pois a vida reapareceu naquele tronco ressequido, surgiram brotos, apareceram folhas, e uma bela videira desenvolveu-se maravilhosamente, dando fruto a seu tempo. A videira ainda hoje lá está, viçosa, no convento.

Em 1443, na pregação da Quaresma, Rita ficou profundamente sensibilizada pelo sermão da Paixão de Nosso Senhor. Voltando ao Convento, profundamente emocionada pelo que ouvira, prostrou-se diante da imagem do crucifixo que existia a capela interior, e suplicou ardentemente a Jesus que lhe concedesse participar dos seus sofrimentos. E eis que um espinho se destacou da coroa do crucifixo, veio até ela e cravou-se na sua fronte. Rita perdeu os seus sentidos. Quando voltou a si, lá estava a ferida atestando o doloroso prodígio, ferida que a acompanhou durante quinze anos.

Cinco meses antes da morte de Rita, um dia de inverno com a temperatura frígida e um manto de neve cobria tudo, uma parente foi-lhe visitar e antes de ir embora perguntou à Santa se ela desejava alguma coisa, ao qual Rita respondeu que teria desejado uma rosa da sua horta. Quando voltou a Roccaporena a parente foi à horta e grande foi a sua surpresa quando viu uma belíssima rosa, tendo colhido-a e levado a Rita.

Assim Santa Rita foi denominada a Santa da “Rosa” e dos impossíveis.

Morte de Santa Rita

Santa Rita antes de fechar os olhos para sempre, teve a visão de Jesus e da Virgem Maria que a convidavam no Paraíso. Uma freira viu a sua alma subir ao céu acompanhada de Anjos e os sinos da igreja começaram a tocar sozinhos, enquanto um perfume suavíssimo se espalhou por todo o Mosteiro e do seu quarto viram uma luz luminosa como se estivesse entrado o Sol. Era o dia 22 de Maio de 1457. Os seus restos mortais repousam no Santuário de Cássia numa urna de prata e cristal fabricada em 1930.

Beatificação e Canonização

Santa Rita de Cássia foi beatificada em 1627, 180 anos depois da sua subida aos céus, e proclamada Santa em 1900, 453 anos após a sua morte.

Estátua de Santa Rita de Cássia — a maior estátua católica do mundo, localizada na cidade de Santa Cruz

São-lhe atribuídos tantos e tão extraordinários milagres que é tida como “advogada das causas perdidas e a santa do impossível”. É também protectora absoluta das mães e esposas que sofrem pelos maus-tratos dos maridos.

O corpo de Rita, que permaneceu incorrupto ao longo dos séculos, é venerado hoje no santuário de Cascia, muitas pessoas do mundo todo visitam sua tumba.

No Brasil, na cidade de Santa Cruz, Estado do Rio Grande do Norte, está localizada a maior estátua católica do mundo, que representa a Santa Rita de Cássia e foi inaugurada em 26 de Junho de 2010.

Fontes: Wikipédia | Santuário de Santa Rita

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