A festa litúrgica de “A Virgem Santa Maria, Rainha”, celebrada no dia 22 de agosto, é um dia de grande significado para a Igreja Católica. Instituída pelo Papa Pio XII em 1954, esta festa convida os fiéis a celebrar a realeza de Maria, Mãe de Jesus Cristo, e a reconhecer o seu papel especial na história da salvação.
Origem e História
A devoção a Maria como Rainha remonta aos primeiros séculos do Cristianismo. Os Padres da Igreja, como Santo Efrém no século IV, já a chamavam de “Rainha” por ser a Mãe do Rei do Universo. Mas a festa litúrgica específica de “A Virgem Santa Maria, Rainha” foi estabelecida pelo Papa Pio XII a 11 de outubro de 1954. Esta data foi escolhida para coincidir com o encerramento do Ano Mariano, que celebrava o centenário da definição do dogma da Imaculada Conceição de Maria.
A proclamação de Maria como Rainha é uma expressão da sua íntima união com Jesus Cristo, que é reconhecido como Rei dos Céus e da Terra. Maria, como mãe de Jesus, desempenha um papel único na obra da redenção e é honrada como Rainha do Céu, intercedendo pelos seus filhos diante do trono de Deus.
Significado e Simbolismo
A festa de “A Virgem Santa Maria, Rainha” destaca a posição elevada de Maria na hierarquia celestial e a sua importância na vida espiritual dos fiéis. Maria é vista como a mediadora de todas as graças e a modelo perfeito de fé, obediência e amor a Deus. A sua coroa real simboliza a autoridade espiritual e o seu papel como mãe amorosa e protetora de toda a humanidade.
Além disso, a festa de “A Virgem Santa Maria, Rainha” também nos convida a refletir sobre o papel de Maria como modelo de virtude e santidade para os cristãos. A sua vida exemplar e a resposta fiel ao chamado de Deus inspiram-nos a seguir o seu exemplo e a entregarmos-nos completamente à vontade de Deus nas nossas vidas.
A festa de “A Virgem Santa Maria, Rainha” celebra a realeza de Maria em três aspectos principais:
- Maria como Mãe do Rei: Por ser a Mãe de Jesus Cristo, Rei do Universo, Maria participa da realeza do seu Filho.
- Maria como Rainha do Céu e da Terra: Como Mãe de Jesus, Maria também é Rainha do Céu e da Terra, intercedendo por nós junto a Deus.
- Maria como Rainha da Misericórdia: Maria é Rainha da Misericórdia porque acolhe-nos com amor maternal e intercede pela nossa salvação.
Celebrações e Práticas Devocionais
A festa de “A Virgem Santa Maria, Rainha” é celebrada com missas especiais em todas as paróquias do mundo. Os fiéis também podem participar de outras práticas devocionais, como a recitação do Rosário e a meditação sobre o mistério da realeza de Maria.
Exemplos de Práticas Devocionais:
- Recitação do Rosário: O Rosário é uma oração mariana que contempla os mistérios da vida de Jesus Cristo, incluindo o mistério da realeza de Maria.
- Meditação: Meditar sobre o mistério da realeza de Maria pode ser um momento de profunda reflexão sobre o papel de Maria na história da salvação, a sua intercessão por nós e a sua misericórdia.
- Visitar um Santuário Mariano: Muitos santuários marianos em todo o mundo celebram a festa de “A Virgem Santa Maria, Rainha” com eventos especiais e oferecem aos fiéis a oportunidade de venerar a Virgem Maria e aprofundar a sua fé.
Conclusão
A festa litúrgica de “A Virgem Santa Maria, Rainha” é uma ocasião especial para os fiéis católicos celebrarem a importância e a influência de Maria nas suas vidas espirituais. Ela lembra-nos do seu papel único como mediadora de graças e rainha dos corações dos fiéis, e convida-nos a renovar o nossa devoção como nossa mãe celestial e intercessora poderosa.
Que esta festa nos inspire a seguir o exemplo de Maria na nossa busca pela santidade e nos conduza a uma maior intimidade com o seu filho, Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador. Que possamos sempre recorrer a ela com confiança e amor, sabendo que ela está sempre pronta para interceder por nós diante do trono de Deus.