Santa Maria, Mãe de Deus

A Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, é uma festa marcante no calendário litúrgico que ocorre no primeiro dia do ano, simbolizando não apenas o início do ano civil, mas também ressaltando a importância da maternidade divina de Maria na tradição católica. Esta celebração destaca a figura de Maria como não apenas uma mulher notável na história, mas como a Mãe de Deus.

Esta solenidade é uma celebração especial da maternidade divina de Maria, reconhecendo-a como a Mãe de Deus. O título “Theotókos” em grego, que significa “Portadora de Deus” ou “Mãe de Deus”, tem raízes nos primeiros séculos do cristianismo e foi confirmado no Concílio de Éfeso em 431 d.C.

A oitava do Natal coincide com o Ano Novo. Visto que os pagãos celebravam este dia com devassidão e superstição, a Igreja antiga levou os fiéis a começar o ano com um “espírito novo”, ou seja, com dias de preparação de penitência e jejum. No ano 431, durante o Concílio de Éfeso, que se concluiu a 22 de junho, foi definida a verdade de fé da “maternidade divina de Maria”. Assim, em 1931, por ocasião do XV centenário do Concílio, o Papa Pio XI instituiu a sua festa litúrgica, que já se celebrava no século VII.

A Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, é mais do que uma homenagem. É uma afirmação teológica profunda que reforça a doutrina da Encarnação. Maria é vista como a mulher que disse “sim” ao plano divino, tornando possível a união entre a divindade e a humanidade em Jesus Cristo. A celebração destaca, assim, a íntima ligação entre a humanidade e a divindade no mistério da Encarnação.

A Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, é uma celebração rica em significado teológico e espiritual. Vai além da reverência por uma figura histórica e destaca a importância da maternidade divina de Maria na compreensão cristã da Encarnação. Esta solenidade inaugura o ano com uma mensagem de confiança na intercessão de Maria e na constante presença da maternidade divina ao longo da jornada de fé dos crentes. É uma homenagem à Mãe de Deus, que desempenhou um papel único e essencial na história da salvação.

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