Neste dia, em 1949, Jesus confiava à Beata Alexandrina a divulgação da Devoção às Seis primeiras Quintas-feiras

No coração da espiritualidade portuguesa, a Beata Alexandrina Maria da Costa destaca-se como uma alma vítima, cuja vida de sofrimento e amor a Deus continua a inspirar milhares de fiéis. O seu legado místico é vasto, mas uma data em particular marca um momento crucial na sua missão: 25 de fevereiro de 1949.

Nesta data, Jesus Cristo apareceu misticamente a Alexandrina e confiou-lhe uma missão específica e urgente: a divulgação da Devoção Reparadora das Seis Primeiras Quintas-feiras do mês.

Este pedido insere-se numa tradição de devoções reparadoras no catolicismo, como as primeiras sextas-feiras (Sagrado Coração de Jesus) e os primeiros sábados (Imaculado Coração de Maria). A devoção das quintas-feiras, contudo, tem um foco particular: a reparação pelas ofensas cometidas contra a Eucaristia, o Santíssimo Sacramento do Amor.

As origens de Alexandrina e o início da sua missão

Desde a infância, Alexandrina revelou uma fé viva e um coração sensível às coisas de Deus. Contudo, aos 14 anos, a sua vida tomou um rumo trágico: ao tentar escapar a uma tentativa de violação, saltou de uma janela e ficou paralisada da cintura para baixo. Esta queda transformou-se num ponto decisivo da sua existência — a jovem ofereceu a sua dor pela conversão dos pecadores e pela salvação das almas.

A partir desse momento, Alexandrina passou a viver imobilizada na cama, num sofrimento que duraria mais de 30 anos, mas que ela aceitou com um amor heroico, transformando a dor em instrumento de redenção.

O Contexto do Pedido

A 25 de fevereiro de 1949, Jesus Jesus pediu a Alexandrina que divulgasse esta nova devoção como um meio de mitigar a Sua dor e de oferecer graças especiais àqueles que a praticassem, a Devoção às Seis primeiras Quintas-feiras do mês.

A mensagem de Jesus a Alexandrina naquele dia foi clara e dolorosa. Ele expressou a Sua tristeza perante a indiferença, o sacrilégio e o abandono que o Seu Coração Eucarístico sofre em tantos lugares. Em 1949, o mundo vivia as consequências de uma guerra mundial e preparava-se para os desafios de um mundo cada vez mais secularizado, onde a fé e a reverência pela Eucaristia começavam a esmorecer.

Minha filha, minha esposa querida, faz com que Eu seja amado, consolado e reparado na Minha Eucaristia. Diz, em Meu nome, que todos aqueles que comungarem bem, com sinceridade e humildade, fervor e amor em seis primeiras quintas-feiras seguidas e junto do Meu sacrário passarem uma hora de adoração e íntima união Comigo, lhes prometo o Céu. É para honrarem pela Eucaristia as Minhas Santas Chagas, honrando primeiro a do Meu sagrado ombro tão pouco lembrada. Quem isto fizer, quem às Santas Chagas juntar as dores da Minha Bendita Mãe e em nome delas nos pedir graças, quer espirituais, quer corporais, Eu lhas prometo, a não ser que sejam de prejuízo à sua alma. No momento da morte trarei coMigo Minha Mãe Santíssima para defendê-lo.

Como Praticar a Devoção?

A essência da devoção das Seis Primeiras Quintas-feiras é simples, mas profunda. Para cumprir o desejo de Jesus, os fiéis devem, durante seis meses consecutivos:

  1. Confissão e Comunhão Reparadora: Receber a Sagrada Comunhão em estado de graça.
  2. Oração e Adoração: Passar uma hora em adoração ao Santíssimo Sacramento, meditando na Paixão e Morte de Jesus, pedindo perdão e reparando as ofensas contra o Seu Coração Eucarístico.
  3. Intenção Reparadora: Realizar estas práticas com a intenção específica de consolar o Coração de Jesus e reparar os ultrajes à Eucaristia.

A Promessa de Jesus

Àqueles que praticassem esta devoção com fervor, Jesus prometeu graças abundantes, incluindo a paz de consciência, a graça da perseverança final e um amor mais profundo pelo mistério eucarístico.

A Beata Alexandrina aceitou esta missão com a humildade e a obediência que a caracterizavam. A sua vida inteira foi um hino à Eucaristia, vivendo exclusivamente da Comunhão durante os últimos 13 anos da sua vida terrena. O seu testemunho e a sua missão continuam a ser um convite permanente a redescobrir o centro da nossa fé: a presença real de Cristo no Sacrário.

Conclusão

Que a memória da Beata Alexandrina de Balasar, e o pedido que Jesus lhe fez a 25 de fevereiro de 1949, nos inspirem a viver com maior fervor e reverência a nossa fé na Eucaristia. A reparação começa no nosso próprio coração, na nossa adoração e no nosso amor a Jesus Sacramentado.

Partilha esta publicação:

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *