13 de Maio é o dia por excelência das celebrações das aparições de Nossa Senhora de Fátima, ou formalmente, Nossa Senhora do Rosário de Fátima, presenciadas por três pastorinhos no lugar da Cova da Iria, em Fátima, Portugal.
De acordo com os testemunhos das três crianças videntes, a primeira aparição terá ocorrido no dia 13 de Maio de 1917 ao meio-dia, repetindo-se durante os seis meses seguintes sempre no dia 13 e à mesma hora (exceptuando-se o mês de Agosto, em que ocorreu a dia 19), até 13 de Outubro de 1917.
Na última aparição, identificou-se como sendo “a Senhora do Rosário”, tendo sido, por esse motivo, feita eclesiasticamente a combinação dos seus dois títulos e que deu origem a Nossa Senhora do Rosário de Fátima. Segundo os relatos dos videntes, a mensagem que a aparição apresentou em Fátima foi um insistente apelo à conversão, à penitência e à oração, nomeadamente a oração do Rosário.
O seu principal local de devoção é o próprio Santuário de Fátima, situado na freguesia e cidade homónima, no concelho de Ourém, em Portugal.
Em 1917, o ano da Revolução Soviética, Lúcia dos Santos e os seus primos Francisco e Jacinta Marto, popularmente chamados de “Os Três Pastorinhos”, afirmaram ter presenciado seis aparições de Nossa Senhora no lugar da Cova da Iria, em Fátima, nos dias 13 de Maio, 13 de Junho, 13 de Julho, 13 de Setembro e 13 de Outubro, tendo, no mês de Agosto desse ano, a aparição mariana ocorrido excepcionalmente no dia 19 e no lugar dos Valinhos, também da freguesia de Fátima.
A anunciação do Anjo de Portugal
Já no ano anterior, em 1916, no lugar dos Valinhos, as três crianças afirmaram ter recebido três aparições de um anjo, o qual se apresentou como sendo o Anjo da Paz, ou Anjo de Portugal. Duas das aparições do anjo ocorreram na Loca do Cabeço nos Valinhos, e outra decorreu junto do Poço do Arneiro, na Casa de Lúcia, em Aljustrel.
As aparições
Segundo relatos posteriores aos acontecimentos, por volta do meio-dia, depois de rezarem o terço, as crianças teriam visto uma luz brilhante; julgando ser um relâmpago, decidiram ir-se embora do lugar onde apascentavam as ovelhas, mas, logo depois, outro clarão teria iluminado o espaço. Nessa altura, teriam visto, em cima de uma pequena azinheira – onde agora se encontra a Capelinha das Aparições –, uma “Senhora mais brilhante que o sol”.
Segundo os testemunhos recolhidos na época, a Senhora disse às três crianças que era necessário que rezassem muito e que aprendessem a ler. Convidou-as a voltarem ao mesmo lugar, na Cova da Iria, no dia 13 dos cinco meses seguintes, sempre à mesma hora. As três crianças assistiram, então, a mais aparições no mesmo local a 13 de Junho, 13 de Julho, 13 de Setembro e 13 de Outubro. Em Agosto, a aparição ocorreu no dia 19, no sítio dos Valinhos, a cerca de 500 metros do lugar de Aljustrel, porque as crianças tinham sido presas e levadas para Vila Nova de Ourém pelo administrador do concelho no anterior dia 13 de Agosto.
Última aparição e Milagre do Sol
A 13 de Outubro, estando presentes na Cova da Iria cerca de 70 mil pessoas, Nossa Senhora teria dito aos pastorinhos: “Eu sou a Senhora do Rosário” e teria pedido que fizessem ali uma capela em Sua honra, conhecida hoje como a Capelinha das Aparições do Santuário de Fátima. Muitos dos presentes afirmaram ter observado o chamado milagre do Sol, o qual fora prometido às três crianças nas aparições de Julho e de Setembro. Segundo os testemunhos recolhidos na época, o Sol, assemelhando-se a um disco de prata fosca, pôde fitar-se sem dificuldade e girava sobre si mesmo como uma roda de fogo, parecendo, depois, vir precipitar-se sobre a Terra. Tal fenómeno foi testemunhado por milhares de pessoas, até mesmo por algumas distantes do lugar da aparição. O relato foi publicado na imprensa por vários jornalistas que para ali se deslocaram e que foram também testemunhas do fenómeno. Contudo, há testemunhos de pessoas que afirmaram nada ter visto, como é o caso do escritor António Sérgio, que esteve presente no local e testemunhou que nada se passara de extraordinário com o Sol, e do militante católico Domingos Pinto Coelho, que escreveu na imprensa que não vira nada de sobrenatural. (Wikipédia)