A Santa Coroa de Espinhos regressa à Catedral de Notre Dame

Num momento histórico e carregado de simbolismo, a Santa Coroa de Espinhos, uma das relíquias mais sagradas do cristianismo, regressou à Catedral de Notre Dame, tendo sido colocada na capela axial da catedral. Cinco anos após o devastador incêndio que marcou a cidade de Paris, a relíquia foi trazida de volta para o seu local de origem numa cerimônia solene que reuniu fiéis e autoridades religiosas.

A procissão que conduziu a Coroa até a catedral foi um momento de grande emoção para os presentes. A relíquia, que foi salva das chamas e cuidadosamente restaurada, está agora exposta num novo relicário especialmente projetado para a ocasião. A obra, assinada pelo artista Sylvain Dubuisson, combina elementos tradicionais e contemporâneos, refletindo a história e a renovação da catedral.

O regresso da Santa Coroa de Espinhos representa um marco importante na reconstrução de Notre Dame e simboliza a esperança e a fé dos parisienses e de todos aqueles que veneram a relíquia.

Um símbolo de fé e esperança

A Coroa está sob a custódia da França desde 1239. Em 1806, a relíquia foi confiada ao capítulo dos cônegos, até 1923, quando o arcebispo de Paris, restaurando um antigo costume, concedeu aos Cavaleiros do Santo Sepulcro a custódia das relíquias da Paixão quando elas são apresentadas para veneração. Os Cavaleiros do Santo Sepulcro atuam então como uma espécie de guarda-costas das relíquias. Deste modo, existem sempre quatro cavaleiros presentes enquanto os fiéis rezam diante da Coroa.

A cerimónia

A cerimónia de regresso da Coroa foi marcada por orações, cânticos e procissões. Milhares de fiéis acompanharam o evento, que foi transmitido ao vivo para o mundo todo. O Arcebispo de Paris, Dom Patrick Chauvet, celebrou a missa e destacou a importância da relíquia para a Igreja Católica e para a cidade de Paris.

O futuro da relíquia

A Santa Coroa de Espinhos estará disponível para visitação pública na Catedral de Notre Dame a partir de janeiro de 2025. A relíquia será exposta todas as sextas-feiras, de 10 de janeiro a 18 de abril, e, posteriormente, na primeira sexta-feira de cada mês.

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