Santo António Maria Pucci, amigo dos pobres e modelo de dedicação pastoral

Santo António Maria Pucci é lembrado como um sacerdote exemplar, conhecido pela sua caridade incansável, vida simples e entrega total ao povo que lhe foi confiado. Foi um verdadeiro pai espiritual dos pobres e doentes, tornando-se um farol de luz na comunidade de Viareggio, na Itália, durante o século XIX.

Infância e vocação

António Maria Pucci nasceu a 16 de abril de 1819, em Poggiole, perto de Pistoia, na região da Toscana. O seu nome de baptismo era Eustáquio Pucci. Desde pequeno demonstrou grande piedade, simplicidade e generosidade para com os mais necessitados, características que moldariam toda a sua vida.

Com o apoio da família e da paróquia local, ingressou na Congregação dos Servos de Maria (Servitas) ainda jovem, onde recebeu o nome religioso de António Maria. A sua formação foi marcada por profunda espiritualidade e desejo de serviço pastoral.

Ministério sacerdotal em Viareggio

Após a ordenação sacerdotal, foi enviado à cidade costeira de Viareggio, onde foi nomeado pároco da igreja de São André Apóstolo. Permaneceu ali durante mais de quarenta anos, até à sua morte, tornando-se conhecido como “o pároco santo”.

A sua vida era marcada pela simplicidade evangélica: vivia com o mínimo necessário, dedicava-se totalmente ao seu povo, estava sempre disponível para confissões, visitas aos doentes, catequese, celebração da Eucaristia e obras de caridade. Era especialmente atento aos pobres, órfãos e marinheiros, criando iniciativas para os assistir material e espiritualmente.

Caridade concreta e atenção aos necessitados

Fundou escolas, orfanatos e centros de apoio para crianças carenciadas, enfrentando dificuldades económicas e resistências sociais. A sua fé traduziu-se sempre em gestos concretos de solidariedade.

Durante as epidemias que afectaram a região, não hesitou em sair às ruas para ajudar os doentes, confortar os moribundos e enterrar os mortos, mesmo com risco da própria vida. A sua coragem e abnegação tornaram-no uma figura amada por toda a cidade.

Morte e canonização

Santo António Maria Pucci faleceu a 12 de janeiro de 1892, vítima de pneumonia, contraída depois de sair à rua numa noite de tempestade para assistir um doente. A sua morte causou grande comoção, e logo o povo começou a venerá-lo como santo.

Foi beatificado pelo Papa Pio XII a 12 de junho de 1952, e canonizado por São João XXIII a 9 de dezembro de 1962, durante o Concílio Vaticano II. A sua festa litúrgica celebra-se a 12 de janeiro.

Legado

Santo António Maria Pucci é modelo de sacerdote zeloso, humilde e generoso, com uma vida entregue ao cuidado pastoral e à caridade. O seu exemplo continua a inspirar párocos, religiosos e fiéis leigos a viverem a fé com simplicidade e amor prático.

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