Vinte anos depois do enorme impacto de A Paixão de Cristo (2004), o realizador Mel Gibson prepara-se para regressar ao grande ecrã com um novo épico bíblico: “A Ressurreição de Cristo”, obra que promete explorar de forma inédita o mistério central da fé cristã.
Segundo a distribuidora Lionsgate, o filme será lançado em duas partes, coincidindo com momentos fortes do calendário litúrgico:
- Parte I: estreia na Sexta-feira Santa, 26 de março de 2027
- Parte II: estreia 40 dias depois, na Solenidade da Ascensão, 6 de maio de 2027
Regresso de Jim Caviezel como Jesus
O ator Jim Caviezel, que encarnou Jesus em A Paixão de Cristo, voltará a assumir o papel principal. Para recriar a aparência de Cristo com cerca de 33 anos, será usada tecnologia digital de rejuvenescimento.
Uma narrativa ousada
O guião foi escrito por Mel Gibson, Donal Gibson e Randall Wallace (responsável por Braveheart). O realizador revelou que a história terá uma abordagem “metafísica” e profundamente espiritual, explorando desde os acontecimentos imediatamente após a morte de Cristo até à vitória da Ressurreição.
As gravações terão início em agosto de 2025, nos famosos estúdios de Cinecittà, em Roma, e em outras localidades históricas do sul de Itália, conhecidas pela sua semelhança com os cenários bíblicos.
Expectativa mundial
Com a promessa de ser uma das produções mais ambiciosas da carreira de Mel Gibson, A Ressurreição de Cristo desperta já grande curiosidade. Para o mundo católico, será uma oportunidade de ver retratado no cinema o coração da fé: Cristo que vence a morte e nos abre as portas da vida eterna.
Sequela de “A Paixão de Cristo”
A Paixão de Cristo retrata vividamente as horas finais da vida de Jesus Cristo, desde a sua prisão no jardim do Getsémani até à crucificação.
O filme gerou muita polémica desde o lançamento, especialmente devido às cenas gráficas da flagelação e crucificação de Cristo, com alguns críticos a considerarem-nas excessivamente violentas. No entanto, outros elogiaram pela autenticidade histórica e capacidade de retratar realisticamente o sofrimento de Cristo.
Em janeiro de 2004, Joaquín Navarro-Valls, então diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, disse que o Papa São João Paulo II tinha visto o filme e fez uma crítica positiva, descrevendo-o como “o relato cinematográfico do fato histórico da paixão de Jesus Cristo segundo os relatos do Evangelho”.
Apesar das controvérsias em torno do filme, este arrecadou um lucro de US$ 610 milhões (US$ 370 milhões só nos EUA).