Centenas de igrejas e monumentos emblemáticos em todo o mundo, incluindo em Portugal, serão iluminados de vermelho durante a “Semana Vermelha” (Red Week), uma iniciativa global da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) para alertar sobre a perseguição e discriminação religiosa que afeta milhões de pessoas, em particular os cristãos.
A campanha de 2025, que decorre de 15 a 23 de novembro, pretende combater a indiferença e dar visibilidade ao drama vivido pelas comunidades de fé em diversos países. O ponto central da iniciativa é a “Quarta-feira Vermelha” (Red Wednesday), embora as iluminações e momentos de oração se prolonguem ao longo de toda a semana.
De acordo com o mais recente “Relatório sobre a Liberdade Religiosa no Mundo 2025“, lançado pela AIS, a comunidade cristã é a mais perseguida a nível global, com mais de 413 milhões de cristãos a viver em países onde a liberdade religiosa é severamente restringida.
Em Portugal, várias paróquias e pontos de referência associam-se à iniciativa. Como nos anos anteriores, monumentos como o Santuário do Cristo-Rei, em Almada, e a Basílica dos Congregados, em Braga, serão iluminados de vermelho, e este ano a mobilização global deverá abranger mais de 600 locais em nome da fé e da liberdade.
Está previsto ainda a celebração de uma Missa em Lisboa, na paróquia de São Domingos de Benfica. Será no domingo, dia 23, pelas 10:30 horas, e terá transmissão em directo pela RTP1.
A edição de 2025 contará com a presença do Padre Hugo Alaniz, um sacerdote argentino em missão em Alepo, na Síria, que visitará as dioceses de Leiria-Fátima, Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro e Lisboa para partilhar o testemunho de viver a fé num cenário de guerra, violência e extrema pobreza.
A Fundação AIS apela à participação de todos, seja através da iluminação de fachadas de igrejas, vestindo uma peça de roupa vermelha, acendendo uma vela ou partilhando a mensagem nas redes sociais, para que a voz dos perseguidos não seja esquecida. A iniciativa tem como principal objetivo lembrar ao mundo a importância da liberdade religiosa e o dever de solidariedade para com os que sofrem por causa da sua fé.
